Mediação: Prognóstico para advocacia
- Criado em 23/08/2019 Por Veridiana Tavares Martins
“A advocacia está em crise!”. Quantas vezes esta frase foi dita e ouvida nos últimos anos?!?! Como muitos setores da economia a advocacia precisa reinventar-se. Embora novas oportunidades surjam a cada dia, parece que muitos advogados, assim como bancas jurídicas, restam ou cegos, ou inertes para as mudanças possíveis.
O Poder Judiciário já não suporta mais o número crescente de demandas que a cada dia que passam a levar mais tempo para serem resolvidas por um juiz. O processo judicial é uma forma anacrônica de solução de conflitos, pois não acompanha a velocidade das relações sociais.
Contudo, o ano de 2015 apresentou-se como um marco importante na solução de conflitos mas, infelizmente, poucos advogados perceberam isso. Neste ano a Lei nº 13.140 dispos sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias. Também em 2015 viu-se nascer o atual Código de Processo Civil que tornou a mediação como possibilidade processual de resolução dos litígios.
A legislação tem se direcionado para a solução consensual de conflitos, contudo os advogados continuam buscando formas belicosas de defender o interesse de seus clientes, na contramão do ordenamento jurídico e do ritmo da sociedade, que anseia por respostas rápidas para solução de suas disputas.
Dentro deste cenário o advogado que não buscar formas alternativas ao processo judicial para solucionar as disputas de seus clientes estará à margem do que se alinha como futuro da advocacia.
Dadas as alterações legislativas, oriundas de uma mudança das relações sociais, a mediação apresenta-se não apenas como uma alternativa para solução de conflitos, mas como um novo ramo de atuação para os advogados e que ainda é pouco explorado por esses profissionais.
Juliana Gambato Borges
Advogado