Legal Analytics pode ajudar empresas a estimarem provisões trabalhistas
- Criado em 26/11/2021 Por LinkLei
As relações de trabalho são responsáveis por grande parte da demanda no judiciário. Diante de um volume expressivo de informações relacionadas a processos trabalhistas, o uso de Legal Analytics se mostra como uma ferramenta assertiva para ajudar empresas a mapear as ações em curso e ter um grau de previsibilidade das decisões judiciais.
Segundo Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, lawtech de inteligência e gestão preditiva, a tecnologia potencializa o diagnóstico dos dados, sendo possível adotar ajustes de regras e medidas voltadas para a aplicação correta da legislação, com foco na prevenção por meio de insights e planos de ação data-driven, no intuito de mitigar riscos.
De acordo com a lawtech, recentemente a Via (VIIA3) anunciou prejuízo milionário após a revisão de provisões trabalhistas gerando especulação no mercado. "Acreditamos que as ações trabalhistas são fontes poderosas de insights para estruturação de planos de ação preventivos nas empresas, através de identificação dos riscos, avaliação de probabilidades e monitoramento constante", destaca a CEO.
O diagnóstico dos dados apresentado pela Deep Legal envolve desde a coleta e mineração das informações até uma análise preditiva, que indica a probabilidade de sucesso de uma demanda judicial, o perfil do reclamante, o tempo médio de duração dos processos e as performances jurídicas dos casos.
Para Vanessa Louzada, a aplicação da Inteligência Artificial pode auxiliar na definição da defesa da empresa em processos semelhantes. "A nossa tecnologia monitora todas essas ações e entrega um analytics com insights e estratégias que podem ser adotadas pelo Jurídico e departamento de Recursos Humanos da empresa", explica.
Legal Analytics aplicada na prevenção
Segundo a Deep Legal, um estudo realizado por eles, identificou que as principais causas das disputas judiciais na Justiça do Trabalho estão relacionadas com o pagamento de horas extras, reversão de dispensa por justa causa, adicionais de insalubridade e periculosidade, desvio ou acúmulo de função, intervalos de descanso e de almoço, vínculo empregatício e questões relacionadas a danos morais, como assédios e acidentes de trabalho, por exemplo.
Neste sentido, Vanessa Louzada defende que as empresas atuem de forma preventiva, evitando que essas irregularidades sejam cometidas desde o início da relação de trabalho.
"Além das boas práticas é preciso pensar em uma gestão de risco no contencioso trabalhista, com técnicas modernas de gerenciamento, análise de dados e resolução de conflitos após a existência de um processo judicial. Neste sentido, a utilização da tecnologia em conjunto com consultorias especializadas são grandes aliadas, pois a partir de um diagnóstico de dados é possível adotar os ajustes necessários, para mitigar os riscos".