Como elaborar um plano de negócios para escritórios de advocacia?
- Criado em 14/01/2019 Por LinkLei
Alcançar o sucesso em um escritório jurídico está diretamente relacionado a um bom planejamento. Por isso, elaborar um plano de negócios para escritórios de advocacia é uma estratégia imprescindível para o profissional que busca se destacar da concorrência.
Hoje, qualquer prestador de serviços, seja ele médico, psicólogo, dentista ou advogado, lida com um mercado altamente competitivo, uma vez que existem inúmeros profissionais exercendo a mesma atividade no mercado de trabalho.
Dessa forma, a única maneira de tornar o seu negócio mais evidente é por meio da formatação de um planejamento. Esse plano se materializa com um documento onde serão descritos o perfil, os objetivos do escritório e as medidas que devem tomadas para que esses objetivos sejam atingidos.
Quer saber como elaborar um plano de negócios para escritórios de advocacia? Então continue a leitura para descobrir!
Defina a missão do seu escritório
O primeiro passo na elaboração do plano de negócios é a definição acerca da missão do seu escritório. Muito embora essa etapa possa parecer sem sentido em um primeiro momento, ela é extremamente importante para trazer clareza para os advogados acerca do propósito do negócio em um contexto empresarial.
Saber quem é o advogado e o que ele quer para o seu escritório é a primeira tarefa a fim de garantir a realização de um planejamento realista para o negócio. Dessa forma, definir a missão e os valores do escritório deve ser a prioridade nesta etapa do planejamento.
Vale destacar que um escritório que pensa a longo prazo precisa estabelecer uma missão que vá além de simplesmente oferecer serviços jurídicos, devendo pensar em focar em uma determinada área e em um determinado público-alvo, adaptando os serviços oferecidos às demandas desse público específico.
Escolha o ramo de especialização do escritório
Após definir a missão e os valores do negócio, o segundo passo é estabelecer qual será o ramo de atuação do escritório.
Escolher um ramo não significa que você deve eliminar completamente os demais. Entretanto, sob a perspectiva do mercado e da necessidade de especialidades, é interessante focar em uma área.
Isso permite que você tenha mais clareza na definição dos clientes em potencial, do planejamento e da capacidade de especialização. Além disso, significa dizer que você pode ter um escritório especializado em Direito Digital, por exemplo, mas nada o impede de atender demandas de Direito Administrativo, Direito Civil ou de outras áreas.
Todavia, o importante nesse caso é mostrar para o mercado que você atende uma área específica e quem tem diferencial e expertise na mesma.
Precifique os serviços
O terceiro passo é a precificação dos serviços jurídicos. Nesse momento você deve levar em consideração alguns fatores importantes:
- concorrência;
- preços praticados pelo mercado;
- custos da prestação do serviço;
- tendências de mercado.
Vale destacar que este assunto, mesmo sendo muito polêmico, deve ser tratado com importância e em harmonia com seus objetivos de longo prazo.
Oferecer um serviço jurídico a um custo muito baixo pode não ser interessante, uma vez que você poderá estar atraindo um público que não é compatível com os propósitos do seu negócio.
Para ajudar na precificação é interessante elaborar esta etapa juntamente com a etapa seguinte.
Defina o seu público-alvo
Definir o público que você deseja atender é um dos pontos-chaves do seu planejamento, já que ele vai lhe ajudar em diversas outras etapas do seu processo de formação do plano de negócios.
Estipule se você vai trabalhar com pessoas físicas, pessoas jurídicas, hospitais, servidores públicos, organizações não governamentais etc.
Essas informações serão estabelecidas com base na principal área de atuação do negócio, que vai ajudar a identificar o perfil de cliente que mais procura o escritório.
Esse é um exercício simples quando o escritório consegue estabelecer o seu ramo de atuação. Por isso é tão importante ter esse aspecto definido para dar um foco mais seguro para a empresa.
Vale ressaltar que a definição do público-alvo não é taxativa, o que significa que você pode e vai atender mais de um público. Todavia, seus esforços devem ser direcionados para um grupo específico, garantindo melhores resultados em estratégias de marketing e comunicação.
Conheça a sua concorrência
Com os objetivos, o ramo, os preços e o público previamente definidos, o passo seguinte é buscar informações sobre a concorrência.
Como o ramo jurídico é muito competitivo é interessante que você saiba quem são os seus concorrentes, que diferenciais eles oferecem e como você pode proporcionar algo de novo para o público que, hoje, é atendido pela concorrência.
Em qualquer negócio, conhecer a concorrência é imprescindível, pois ajudar a delinear os objetivos da sua empresa e as medidas que devem ser tomadas para chamar a atenção de novos clientes.
Identifique o seu diferencial
Conhecendo a concorrência você vai ter mais facilidade para identificar o seu diferencial. Pode ser uma modalidade diferenciada de atendimento, pode ser por meio de um serviço mais personalizado, pela apresentação de relatórios com feedbacks programados etc.
Inúmeras são as possibilidades de fatores diferenciadores que podem ser apresentados para os clientes. Lembre-se de que eles são importantes, pois podem ser o ponto que vai definir se o cliente vai escolher o seu escritório ou o da concorrência.
Organize a sua agenda
Um bom escritório precisa ter extrema organização, já que um trabalho só é bem feito quando está baseado em sistematização e planejamento.
Por isso, o plano de negócios deve contar com a organização da agenda de todos os profissionais que compõem a equipe de advogados do seu escritório. Além dos prazos, audiências e reuniões, é preciso estar atento aos compromissos vinculados ao plano estratégico e à formação técnica dos profissionais.
Uma boa dica para manter uma agenda organizada e que permita otimização do tempo e qualidade é utilizar softwares de gestão de informação jurídica.
Esses sistemas permitem que o escritório tenha mais segurança, reduzindo erros, permitindo um melhor aproveitamento do tempo e agregando um diferencial competitivo diante da concorrência.
Escritórios que não inserem a tecnologia em sua rotina não têm perspectiva de crescimento a médio e longo prazo, pois um negócio sem inovação tende a se tornar obsoleto.
Como você pôde perceber, o plano de negócios é um documento de extrema importância para quem deseja ter um escritório que alcance resultados a longo prazo. Dessa forma, esse documento precisa ser revisto periodicamente, sofrendo as alterações necessárias a fim de mantê-lo atualizado e alinhado às metas do escritório.
Fonte: http://blog.kuriertecnologia.com.br/como-elaborar-um-plano-de-negocios-para-escritorios-de-advocacia/
Fabrícia Marcos
AdvogadoAdriana Piacentini Mattuella
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Advogado