Automação jurídica veio para ficar e mudar
- Criado em 30/03/2022 Por LinkLei
A automação jurídica veio para ficar! E acredite, ao contrário do que muita gente pensa, estamos tratando de solução e não de ameaça ao trabalho dos advogados. E as razões são muitas: a partir da automação é possível reduzir custos, erros e riscos operacionais, aumentar a produtividade e as margens de lucro. As soluções de ponta, o uso de sofisticados algoritmos e robôs vêm auxiliando, como nunca antes, o trabalho dos advogados.
Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, até 2025, um em cada quatro empregos será substituído por softwares e robôs.
Ou seja, profissionais bem formados e caros, como os advogados, deixarão de realizar tarefas administrativas e operacionais, como, por exemplo, o cadastramento de dados em sistemas, e poderão se dedicar a tarefas de cunho jurídico, ganhando em produtividade e eficiência. Afinal, advogados não estudaram cinco anos para ficarem presos a rotinas administrativas. A partir de agora, eles estarão liberados para seguir a vocação e colocar em prática o que de fato estudaram.
Advogados estão percebendo que é possível transformar uma ameaça em um grande oportunidade, capaz de gerar aumento de produtividade e receita.
A automação jurídica veio para ficar! E acredite, ao contrário do que muita gente pensa, estamos tratando de solução e não de ameaça ao trabalho dos advogados. E as razões são muitas: a partir da automação é possível reduzir custos, erros e riscos operacionais, aumentar a produtividade e as margens de lucro. As soluções de ponta, o uso de sofisticados algoritmos e robôs vêm auxiliando, como nunca antes, o trabalho dos advogados.
Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, até 2025, um em cada quatro empregos será substituído por softwares e robôs.
Ou seja, profissionais bem formados e caros, como os advogados, deixarão de realizar tarefas administrativas e operacionais, como, por exemplo, o cadastramento de dados em sistemas, e poderão se dedicar a tarefas de cunho jurídico, ganhando em produtividade e eficiência. Afinal, advogados não estudaram cinco anos para ficarem presos a rotinas administrativas. A partir de agora, eles estarão liberados para seguir a vocação e colocar em prática o que de fato estudaram.
Advogados estão percebendo que é possível transformar uma ameaça em um grande oportunidade, capaz de gerar aumento de produtividade e receita.
Alguns escritórios de advocacia já começam a se apropriar das novas tecnologias e a prestar serviços que, até há pouco tempo, seriam inimagináveis. Além disso, poderão aumentar a margem de lucro, mesmo em um mercado em que os preços pagos pelos serviços jurídicos estão diminuindo. As novas tecnologias permitem também ganhar em velocidade, aumentar a conformidade e reduzir custos e erros.
Certamente viveremos um momento de redução de trabalho para funções que realizam atividades mais repetitivas, que serão automatizadas, mas não da redução do trabalho de advogados. Esse estará sempre garantido, porém sendo realizado de novas formas. É importante ressaltar que robôs não irão substituir advogados em suas atividades previstas pela legislação ou pela OAB. Isso não mudará!
Em resumo: as tarefas repetitivas e de baixo valor agregado estão fadadas a desaparecer porque serão realizadas de outras formas muito mais eficientes, através da automação. Tarefas de maior complexidade jurídica continuarão a ser realizadas por advogados, só que de forma muito mais eficiente com o uso da tecnologia.
Mas não só os escritórios de advocacia irão se beneficiar. Departamentos jurídico mais modernos também estão descobrindo a tecnologia como aliada na gestão mais eficiente e estratégica, bem como para a redução de custos.
A partir das novas ferramentas de Big Data é possível, por exemplo, a identificação rápida de uma carteira de processos em todo o Brasil, nas áreas cível ou trabalhista, identificando autores, advogados adversos, valores da ação e distribuição geográfica. Ou seja, acessar rapidamente informação de elevado conteúdo estratégico.
Hoje existem soluções para a automação jurídica de todo o ciclo de vida do processo, desde a distribuição até a sentença.
Entre as possibilidades, quando se fala em automação jurídica, está a captura antecipada de novos processos e seu monitoramento. Essas soluções permitem identificar, capturar e monitorar processos em todos os tribunais do Brasil. Desta forma, as empresas podem receber os dados de novos processos distribuídos contra ela, antes mesmo do recebimento da citação. A média de antecipação é de mais de 80 dias em relação à primeira audiência, permitindo que defesas ou propostas de acordo sejam melhor preparadas e, como consequência, um aumento na taxa de sucesso. Por outro lado, também é possível obter a redução dos riscos de revelia e cobranças de multas e, ainda, aumentar os níveis de conformidade nas bases de dados jurídicos.
O Workflow Parametrizável, solução de Business Process Management (BPM), também merece destaque por permitir a criação de fluxogramas automatizados e de grupos de trabalho responsáveis pela conclusão de cada etapa do processo, com prazos de SLA para cada atividade. Assim, é possível automatizar rotinas, aumentando a produtividade, a conformidade e padronizando os procedimentos.
Outra solução útil para o aumento da produtividade e da qualidade do trabalho prestado pelos escritórios é o chamado emissor de documentos padrão, sistema que permite a criação de uma biblioteca de peças processuais e contratos, preenchidos automaticamente com os dados de determinado processo ou contrato, que foram cadastrados no sistema.
O avanço da tecnologia é enorme e constante. Um peça fundamental do nosso trabalho é um Big Dada Jurídico. Diariamente inserimos dezenas de milhares de novos processos em nossa base de dados que já ultrapassa 80 milhões.
A partir da identificação dos novos processos, os robôs realizam o cadastro em nosso software de gestão jurídica. Documentos são capturados e cadastrados automaticamente, com extração de dados através de algoritmos de mineração de dados e enriquecimento da base. Em seguida, automaticamente, um workflow como é iniciado, no qual são definidas etapas e prazos para cada grupo de trabalho. Junto com os dados capturados com robôs, são identificados os prazos críticos, como audiências. Ou seja, até esse momento, o processo não teve nenhuma manipulação de pessoas e nós já realizamos uma série de atividades. Tudo muito rápido e sem erros!
Somente então se inicia o trabalho do advogado, que pode analisar todos os dados e documentos dos processos para, desta forma, elaborar sua contestação. Para isso, o advogado também pode utilizar um banco de peças processuais do sistema.
A partir daí os processos são monitorados e, assim, é possível identificar o andamento relevante e sinalizar eventos críticos, sem que o advogado tenha que acompanhar, diariamente, todos os andamentos dos processos, muitos deles desnecessários.
Ao final, robôs e algoritmos identificam o encerramento do processo automaticamente, permitindo a empresa retirar o processo do provisionamento e, que impacta diretamente no balanço patrimonial. Por sua vez, o escritório pode cobrar prontamente seus honorários e retirar o processo de suas rotinas de acompanhamento.
Assim todos ganham: a empresa que retira o processo do provisionamento; o escritório que recebe seus honorários; o judiciário que reduz o volume de processos em curso e a sociedade que passa a ter um judiciário mais leve e mais rápido.
Toda essa massa de dados e informações pode ser analisada através de dashboards de um módulo de Legal Analytics que permite revelar visões e tendências que geralmente escapariam a análises mais comuns.
Junto com tudo isso, algoritmos de inteligência artificial passam a analisar automaticamente os documentos processuais para automatizar a extração de informação e identificar padrões, facilitando o trabalho de advogados.
A automação jurídica permite fazer o que não se conseguia antes. Agora, é possível fazer mais, melhor e de forma mais inteligente. Bem-vindo à advocacia 4.0!
* Diretor de inovação e sócio da e-Xyon Tecnologia
Fonte: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/automacao-juridica-veio-para-ficar-e-mudar/