Tecnologia e inovação a serviço do direito (inclusive penal!)
- Criado em 03/08/2022 Por Irvyng Ribeiro
Tecnologia, inovação e direito penal na mesma frase? Isso mesmo e não somente direito penal, mas todas as áreas do direito!
Levando em conta aquele clássico exemplo da máquina de escrever, se traçarmos um paralelo com os dias atuais, quanta evolução tivemos... vamos falar sobre direito, mas não sobre aplicações e sim sobre procedimentos?
Quando pensamos em como trabalhamos o direito no direito, logo vem à nossa mente um computador, o site do tribunal de nossa respectiva região e muitos, muitos desafios.
Com o avanço da tecnologia e a chegada de cada vez mais procedimentos e avanços voltados para inovação, você pode até não perceber e não se dar conta, mas saiba que o trabalho do advogado vai muito além dessa visão e você utiliza ferramentas tecnológicas e inovadoras que talvez nem saiba.
Quando você vai fazer uma pesquisa no portal de buscas sobre determinado tema, seja para estudo ou seja para construção de uma petição para o desenrolar de uma lide, como pode em frações de segundos, um sistema organizado trazer a você jurisprudência, artigo, doutrina e reflexões sobre aquele determinado tema? Alguém discorda que temos um cenário de tecnologia a favor do direito?
O que antes era máquina de escrever + livros + pesquisa de campo, hoje se resume a frações de segundos em frente a um computador (ou tablet, ou smartphone, ou smartwatch, ou...).
Mas isso é suficiente? Evidentemente que não, porque a inovação não exclui o direito, pelo contrário.
Por que eu precisaria buscar minhas audiências manualmente analisando processos de maneira individual para montar a minha agenda de diligências, se o próprio site do tribunal já tem essas informações, ele não poderia criar uma agenda automatizada de diligências? Inovação a serviço do direito, os tribunais fazem isso.
Quero saber de forma instantânea sobre a atualização dos meus processos, por qual motivo eu tenho que ficar entrando um a um? Inovação a serviço do direito, hoje temos um sistema automatizado dos tribunais, em convênio com a OAB, que traz as atualizações em processo de monitoramento constante.
Quem pode discordar e dizer que a tecnologia e a inovação não está caminhando com o direito?
Aqui eu ainda poderia trazer os sistemas especializados em capturas de processos, em análise de dados, KPI's, controles de prevenção de perdas e provisões financeiras automatizados de acordo com região, tribunal, matéria... Mas isso fica para um outro artigo.
Em mais uma reflexão, deixo a seguinte provocação a você: se o direito está caminhando junto com a tecnologia e inovação em forma, em procedimento, em ferramentas de utilização, por que não entender que o direito também caminha junto para questões relacionadas às interpretações legislativas, de acordo com a evolução tecnológica e de inovação?
Agora parece que invertermos a reflexão né? Não é somente no direito que se faz uso da tecnologia e da inovação, mas é com o direito que se regula o uso da tecnologia e da inovação. Concorda?
Caroline Francescato
AdvogadoRe: Irvyng Ribeiro
Advogado