A importante relação entre Direito das Famílias e Psicologia
- Criado em 11/01/2018 Por Caroline Francescato
Quando buscamos um advogado, estamos buscando um direito ou a judicialização da vida?
Quando nos deparamos com conflitos familiares a tendência é buscar, mesmo que inconscientemente, a sua resolução por meio de uma sentença. É muito comum vermos um ex-casal disputar a guarda do filho para que todas as mágoas trazidas pela separação possam ser superadas com a vitória de conviver mais com a criança que o outro.
Nesse momento que a advocacia deve atuar de forma diferente e buscar recursos na psicologia. A busca de solução de conflitos por meio do diálogo, com toda certeza, é mais eficaz que a busca por uma decisão de um juiz.
Juntamente com a psicologia, a advocacia familiar deve primar pela resolução de conflitos através do diálogo, visto que envolvem muito mais o sentimentos das pessoas do que questões jurídicas propriamente ditas.
Por exemplo, porque um divórcio se transforma numa longa batalha judicial, quando a sentença poderia ser uma breve intervenção estatal, apenas confirmando o decidido entre os ex-cônjuges? Ou, ainda, porque é tão difícil determinar uma convivência saudável do filho com ambos os genitores por meio da guarda compartilhada? Simples, porque relação familiar envolve sentimentos, mágoas, frustrações…
O Direito de Família é intrinsecamente ligado à Psicologia. Necessitamos resolver conflitos de maneira definitiva e, principalmente, saudável a todos os envolvidos. A advocacia não é meio de disseminar a litigiosidade das relações, pelo contrário, a advocacia deve ser mediadora e, principalmente, forma de busca de direitos e não judicialização de sentimentos.
Por isso, a necessidade de incentivo à advocacia mediatória e conciliatória.
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