Consciências do que é ‘certo’ e do que é ‘errado’ interagem, paradoxalmente, numa constante conflitiva e construtivaQuando entrei na livraria, a pessoa que me atendeu pediu, bastante alegre, que aceitasse a sugestão e levasse uma edição brasileira – saída do forno – dos Três Contos (1877), de Flaubert. Olhava o livro com apreço, dizendo:– Veja como ficou bonito!E de fato ficou. Peguei, agradeci e levei. A capa logo chamou a minha atenção pela figura do enorme papagaio, vinculado ao primeiro conto do livro: “Um coração simples”. Ao abrir, na segunda capa, deparei-me com uma bela imagem da “Legenda de São Julião Hospitaleiro” e, ao final, na terceira capa, com gravações feitas na Catedral de Rouen alusivas ao terceiro conto, “Herodíade”.Gustave Flaubert (1821-1880) dispensa maiores apresentações. É possivelmente o maior escritor francês, no campo da prosa, do século XIX. Muita gente foi inspirada pela sua forma de escrita. Cito alguns…
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