Controladoria Jurídica e o Talento
- Criado em 07/08/2019 Por Júlio César Ferroni Gomes
Um bom gestor, antes de qualquer coisa, conhece as atividades e os processos de trabalho do setor ou do escritório que gere. Somente assim, poderá identificar o lugar de cada profissional, de acordo com as suas habilidades naturais, identificando, inclusive, os talentos que devem ser aproveitados da forma mais benéfica possível para o escritório e para o próprio colaborador talentoso. De nada adianta um talento descoberto e apenas observado, sem que seja plenamente desenvolvido. O talento é uma fonte potencial de trabalhos bem feitos e de qualidade de serviço a ser prestado aos clientes. E isso, sem dúvida, reverte em marketing de boca-a-boca do escritório.
Um colaborador talentoso, mais cedo ou mais tarde, vai desenvolver seu talento, seja no escritório em que trabalha seja em outro escritório ou lugar ou atividade. Então, porque não criar um ambiente de trabalho propício ao desenvolvimento de talentos?
Como identificar um talento?
Identificar o talento é uma das missões do gestor, tendo em vista que este possui a visão geral daquele processo que coordena. Contudo, algumas vezes o talento não se sobressai no ambiente de trabalho. Isso porque, pode estar escondido na realização de uma atividade que não corresponde às suas habilidades naturais ou que não lhe motiva ou que não esteja sendo devidamente observada pelo gestor.
Ou seja, o gestor deve estar de ouvidos atentos para aquele profissional que está gritando, dizendo que sabe fazer algo melhor. Deve estar vendo a forma que o talentoso realiza suas atividades de maneira rápida e eficaz, destacando-se dos demais.
Entretanto, ao gestor não basta, na maioria das vezes, contar apenas com os seus sentidos conhecidos para perceber um talento. Deve contar, também, com uma sensibilidade ainda inexplicável, através da qual percebe o que as pessoas podem oferecer de melhor.
Essa sensibilidade, que transcende aos sentidos tradicionais do corpo, a qual o gestor deve possuir como parte de seu talento para gerir, desenvolve-se através de questões pessoais filosóficas, psicológicas, sociológicas e, até mesmo, espirituais.
Um bom gestor sabe quando encontra alguém talentoso, tendo em vista que é sensível às tarefas que coordena e aos potenciais das pessoas que estão desempenhando as atividades ao seu redor. Esse gestor sensível está atento tanto ao processo de trabalho objetivamente quanto às pessoas que os realizam e sabe que o mau rendimento de alguém pode estar atrelado a um talento mal desenvolvido ou não aproveitado de maneira correta.
O colaborador talentoso possui o desempenho de um atleta profissional de ponta, ou seja, realiza sua atividade de maneira rápida, correta e diferenciada pela qualidade dos resultados. É aquela pessoa que desempenha determinada tarefa de maneira tão natural, que parece fácil aos olhos daqueles que a observa. Isso porque, a pessoa talentosa realiza as atividades atreladas ao seu dom natural com uma facilidade que espanta aos demais leigos ou aqueles que não possuem a naturalidade intrínseca ao seu talento.
Aproveitar talentos é algo que somente traz benefícios aos ambientes de trabalho e ao próprio profissional, o qual desempenha suas tarefas baseadas naquilo que lhe é natural e naquilo que consegue realizar com os melhores resultados.
Dessa forma, o gestor deve saber identificar, desenvolver e, também, gratificar o talentoso quando este traz bons resultados para a área que atua.